Dra. Carolina Gonçalves - Saúde Digestiva e Cirurgia

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Retocele

Retocele é um abaulamento, ou herniação, da parede anterior do reto para dentro da parede posterior da vagina. A retocele ocorre como resultado do enfraquecimento do tecido que separa a vagina do reto. Quando causa sintomas como dificuldade de evacuar ou desconforto, necessita ser reparado.

O mecanismo fisiopatológico parece ser a deterioração do tecido conjuntivo do septo entre o reto e a vagina, devido à idade, trauma de parto, ou diminuição do estrógeno pós menopausa. A prevalência é grande, cerca de 30 a 50% das mulheres multíparas acima dos 50 anos.

Existem 3 tipos de retocele:

  • Retocele supra-elevadora alta, frequentemente associada à hérnia da bolsa de Douglas;
  • Retocele médio-retal por alteração do septo retovaginal;
  • Retocele baixa com envolvimento do corpo perineal.

Causas

  • Idade avançada.
  •  Múltiplos partos vaginais ou trauma durante o parto (uso de forceps ou lesão tecidual).
  • Cirurgia na região do assoalho pélvico ou no reto.
  • Esforço crônico durante a evacuação devido a constipação de longo termo.
anatomia normal do reto
Anatomia normal do reto
Reto com retocele
Reto com Retocele

Reto com retocele

Quais os sintomas da retocele?

Muitas mulheres com retocele não têm sintomas, e a condição é apenas vista durante o exame pélvico. Em geral, se a retocele não está causando desconforto, não precisa de tratamento.

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Quanto os sintomas estão presentes, você pode ter:

  • Dificuldade para evacuar. Dificuldade para esvaziar o reto.
  • Sensação de evacuação incompleta.
  • Sensação de prolapso ou massa na vagina.
  • Problemas durante a relação sexual.
  • Necessidade de reduzir manualmente prolapso na vagina para conseguir evacuar.
  • A retocele deve ser tratada apenas se os sintomas interferem na qualidade de vida.

Detalhes do procedimento

Como é corrigida a retocele?

O tratamento da retocele pode ser conservador ou cirúrgico. É necessário exame clínico cuidadoso e exames de imagem para decidir o melhor tratamento.

Quais são os tratamentos não cirúrgicos da retocele?

  • Evitar constipação seguindo dieta rica em fibras (>25 gramas por dia) e tomando 6 a 8 copos de 250 ml de água ao dia.
  • Evitar fazer força durante a evacuação ou ficar sentado longos períodos no vaso sanitário.
  • Realizar exercícios destinados ao fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

Quais são os tipos de procedimento cirúrgico disponíveis para a correção da retocele?

O procedimento cirúrgico depende do tipo de retocele, podendo ser realizados procedimentos perineais ou abdominais, por via laparoscópica. A abordagem inicial depende do tipo de retocele: se envolver o reto baixo ou médio ou for isolada, pode-se propor uma abordagem por baixo (abordagem transanal, transperineal ou transvaginal), enquanto na presença de retocele alta e/ou associada a vários distúrbios de estase pélvica, a retopexia transabdominal é mais adequada.

  • O tratamento cirúrgico mais comum é o reparo transvaginal da retocele, também chamado de reparo posterior. Este é o tratamento tradicional realizado por ginecologistas e urologistas.
  • A retocele também pode ser corrigida por um coloproctologista através do reparo anal.

Outros tipos de reparos ou abordagens podem ser usados ​​quando procedimentos adicionais são necessários, como no caso de prolapso uterino ou da bexiga (cistocele) ou prolapso retal através do ânus.

RISCOS E BENEFÍCIOS

Que complicações podem ocorrer após o reparo da retocele?

Os riscos do reparo cirúrgico da retocele incluem o seguinte:

  • Sangramento.
  • Infecção.
  • Dor durante a relação sexual.
  • Desenvolvimento de uma fístula (um canal aberto) entre a vagina e o reto.
  • Recorrência da retocele.

Recuperação e Seguimento

Qual é a perspectiva de longo prazo após o reparo da retocele?

O grau de sucesso após o reparo da retocele depende de vários fatores, incluindo:

  • Tipo de sintomas presentes.
  • Há quanto tempo os sintomas estão presentes.
  • Método cirúrgico e abordagem adotada.

Estudos mostram que cerca de 75% a 90% dos pacientes apresentam melhora significativa, mas esse nível de satisfação diminui com o tempo.

O que são reparos não cirúrgicos para uma retocele? A maioria dos sintomas de retocele pode ser mantida sob controle sem cirurgia. Esses métodos incluem:
  • Evitar a constipação seguindo uma dieta rica em fibras (mais de 25 gramas de fibra por dia) e bebendo de 6 a 8 copos de água por dia.
  • Evitar esforço durante as evacuações e longos períodos sentado no vaso sanitário.
  • Usar amaciadores de fezes, se necessário.
  • Seguir exercícios destinados a fortalecer e retreinar os músculos do assoalho pélvico.
  • Ser equipado com um pessário, um dispositivo colocado na vagina para reduzir a protuberância.