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“STENTS” são efetivos como ponte para tratamento de neoplasias obstrutivas de câncer de cólon?

By Will Boggs MD
19 Abril 2017

NEW YORK (Reuters Health) – Stents podem ser uma alternativa importante para se evitar a cirurgia de emergência e consequente colostomia em casos de neoplasia obstrutiva de cólon esquerdo de acordo com metanálises e revisões sistemáticas. A conclusão do Dr. Alberto Arezzo da Universidade de Torino, Italia é que stents devem ser usados como ponte em todos os pacientes com neoplasia obstrutiva do cólon esquerdo.

A cirurgia de emergência nas neoplasias obstrutivas de cólon estão associadas a altos índices de complicações (incluindo fístulas anastomóticas em 33% dos casos). Stents metálicos auto expansíveis (SEMS) têm sido utilizado nestas situações, com resultados conflitantes. Para avaliar se o uso de stents é melhor do que a cirurgia de emergência, Dr. Arezzo e cols levantaram casos de 8 estudos randomizados que incluíam 251 pacientes que utilizaram stents e 246 pacientes que foram para a cirurgia de emergência diretamente. A mortalidade no grupo que utilizou stents doi de 9,6% em 60 dias e no grupo da cirurgia de emergência foi de 9,6%. A morbidade foi significativamente menor no grupo que colocou stent comparado ao grupo da cirurgia de emergência (33,9% vs 51.2% p=0,023). Comparado à cirurgia de emergência, o uso de stents foi associado a menores taxas de estomas (colostomias), menor taxa de estoma permanente, maiores índices de anastomoses primárias, menor tempo operatório e maior tempo de internação hospitalar (1 dia).

Ainda há muito ainda que se aprender sobre a preparação correta do paciente para a cirurgia após a colocação do stent. O cólon deve ser preparado com laxativos? Qual o período ideal de espera para a cirurgia?

Vale lembrar que a falha técnica do Stent ainda é alta (30-50%) e a perfuração após colocação de stent chega a 4%.

(Gastrointest Endosc 2017).