Com o objetivo de examinar a associação entre o consumo total e individual de alimentos fritos com a mortalidade por todas as causas e por causa específica, em mulheres na pós-menopausa, nos Estados Unidos, foi realizado um estudo de coorte prospectivo publicado pelo BMJ.
Com base em dados do estudo Women’s Health Initiative, realizado em 40 centros clínicos nos EUA, a presente pesquisa contou com a participação de 106.966 mulheres pós-menopáusicas, com idades entre 50-79 no início do estudo, que foram inscritas entre setembro de 1993 e 1998 no Women’s Health Initiative e seguidas até fevereiro de 2017.
As principais medidas de resultados foram mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular e mortalidade por câncer. Os resultados mostram que 31.558 mortes ocorreram durante o acompanhamento de 1.914.691 pessoas/ano.
Para o consumo total de frituras, comparando pelo menos uma porção por dia com a ausência de consumo, a taxa de risco ajustada multivariada foi de 1,08 para mortalidade por todas as causas e 1,08 para mortalidade cardiovascular.
Ao comparar o consumo de pelo menos uma porção por semana de frango frito e ausência de consumo, a taxa de risco foi 1,13 para mortalidade por todas as causas e 1,12 para mortalidade cardiovascular. Para peixes/moluscos fritos, as taxas de risco correspondentes foram 1,07 para mortalidade por todas as causas e 1,13 para mortalidade cardiovascular.
O consumo total ou individual de frituras, de forma geral, não foi associado à mortalidade por câncer.
Concluiu-se neste estudo que o consumo frequente de alimentos fritos, especialmente frango frito e peixe/molusco frito, foi associado a um maior risco de morte por todas as causas e de morte por causas cardiovasculares em mulheres norte-americanas na pós-menopausa.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.
Referências: BMJ, em 23 de janeiro de 2019
https://www.news.med.br/p/medical-journal/1333333/consumo+de+frituras+pode+estar+associado+a+maior+risco+de+morte+na+pos+menopausa+publicado+pelo+bmj.htm