O que é a Apendicite Aguda?
A apendicite aguda é uma inflamação usualmente causada pela obstrução da drenagem no apêndice cecal e consequente proliferação bacteriana. No início, o processo infeccioso é local, mas com o passar das horas pode ocorrer necrose do apêndice e infecção abdominal generalizada.
Normalmente, a inflamação manifesta-se por dor na parte alta do abdome, na região epigástrica, seguida de náusea e vômitos. Há tendência à irradiação e progressão da intensidade da dor, localizada na parte baixa e à direita do abdome. Também é frequente ocorrer perda de apetite, prostração e febre baixa.
Sintomas da Apendicite na gravidez
Os sintomas da apendicite na gravidez podem ser:
• Dor abdominal do lado direito do abdômen, perto da crista ilíaca, mas que pode ser um pouco acima desta região e que dor pode ser semelhante à cólica ou contração uterina.
• Febre baixa, por volta de 38o C;
• Perda do apetite;
• Pode haver náuseas e vômitos;
• Mudança do hábito intestinal.
Também podem surgir outros sintomas menos comuns como diarreia, azia ou excesso de gases intestinais.
O diagnóstico da apendicite é mais difícil no final da gravidez porque devido ao crescimento uterino o apêndice pode mudar de posição, havendo maior risco de complicações.
Tratamento da Apendicite na gravidez:
Por via de regra, o tratamento da apendicite aguda é cirúrgico e consiste na retirada do apêndice, denominada como apendicectomia. Trata-se da operação não obstétrica mais comum na gravidez, com incidência estimada entre 0,05% a 0,1%. O procedimento pode ser realizado de maneira convencional (por meio de incisão cirúrgica), ou por via videolaparoscópica.
Como é citado no artigo:
Apendicectomia videolaparoscópica na gestação – padrão-ouro da Revista da associação médica Brasileira ed. RAMB Janeiro/Fevereiro 2016
A indicação de cirurgia videolaparoscópica durante a gestação é bem estabelecida na literatura. Vários artigos defendem e inclusive preconizam o seu uso em qualquer trimestre da gestação com bons resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Também é dito no artigo que: não existem ensaios clínicos randomizados (ECR) ou revisões sistemáticas com ECR comparando as técnicas aberta e laparoscópica. Todavia os artigos atuais permitem concluir que a técnica videoparoscópica está associada a menor tempo de internação, diminuição da incidência de infecção de ferida operatória, menor dor pós-operatória e retorno mais rápido às atividades habituais.
Ainda no artigo se diz que: Também trabalhos experimentais e clínicos demonstram a segurança para o feto, na abordagem videolaparoscópica, não se observando aumento na incidência de morte fetal ou trabalho de parto prematuro em relação à cirurgia convencional aberta.
Para ler todo o artigo acesse: http://amb.org.br/_ebook/2016/RAMB/RAMB%20Janeiro-Fevereiro%202016-port/index.html#19/z
Mas no final cabe ao médico a decisão, porque pode haver risco de parto prematuro, embora na maioria das vezes a gestação continua sem problemas para a mãe e para o bebê. A gestante deverá ficar internada no hospital para a cirurgia e após o procedimento, ficar em observação. A grávida deverá semanalmente ir ao consultório médico para avaliar a cicatrização da ferida e, assim, evitar possíveis infecções materno-fetais, garantindo a boa recuperação.
Referências: http://amb.org.br/_ebook/2016/RAMB/RAMB%20Janeiro-Fevereiro%202016-port/index.html#19/z
https://www.tuasaude.com/apendicite-na-gravidez/
http://www.hospitalviladaserra.com.br/apendicite-aguda-na-gravidez/