Dra. Carolina Gonçalves - Saúde Digestiva e Cirurgia

  (41) 3029-6868   Padre Anchieta, 2050 – Ed. Helbor Offices – cj 1512

HomeBlogSem categoriaColecistite aguda alitiásica: como identificar e tratar?

Colecistite aguda alitiásica: como identificar e tratar?

A colecistite aguda alitiásica é uma inflamação da vesícula biliar sem a evidência de cálculos no seu interior. Esta enfermidade ocorre em 2-15% de todos os casos de colecistite aguda. Normalmente esta condição está associada a outras enfermidades, em pacientes internados em unidades intensivas ou períodos pós-operatórios. Pode também ocorrer em pacientes vítimas de traumas graves e queimaduras.

A etiologia da colecistite aguda alitiásica ainda permanece pouco compreendida. Os principais mecanismos propostos são lesões por isquemia-reperfusão, resposta inflamatória sistêmica e estase de bile no interior da vesicular. É bastante elevado o índice de necrose e perfuração da vesicular biliar nestes casos.

O diagnóstico nem sempre é muito claro, e deve existir um alto nível de suspeita em pacientes graves. As manifestações são pouco específicas, tais como dor em quadrante superior direito, febre, náusea e vômitos. Pode existir icterícia, leucocitose e alterações de enzimas hepáticas.
Os achados de imagem na ultrassonografia e tomografia computadorizada incluem aumento da vesicular e espessamento da parede da mesma. Pode existir presença de líquido pericolecístico e gás intramural.

O tratamento de escolha é colecistectomia, porém em pacientes muito graves, com instabilidade hemodinâmica (uso de aminas vasoativas) ou discrasia sanguínea, pode ser realizada colecistostomia por via percutânea. A taxa de mortalidade costuma ser alta (10-70%) independente do tratamento escolhido, isto é atribuído às condições pré-existentes que acompanham o quadro.

Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

Referência: https://pebmed.com.br/colecistite-aguda-alitiasica-como-identificar-e-tratar/

 

[vc_video link=’ https://www.youtube.com/watch?v=r6kbVvmyV3M’]